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Al Hakim

Islã, a submissão a Deus

Posted on 10 de junho de 202313 de junho de 2023

ABC do Islã

por Assadullah

Texto publicado na quarta edição da revista Hal Hakim https://online.pubhtml5.com/lmwk/zmcm/

Introdução

Islã é uma palavra que significa “submissão a Deus”. Dessa forma, pode ser considerado muçulmano todo aquele que se submete a Deus, chamado de Allah na língua árabe, testemunhando sua existência como Deus único e verdadeiro e que Muhammad é seu mensageiro. O Islã conta hoje em dia com quase dois bilhões fiéis, ficando apenas atrás do cristianismo nesse quesito, e é a religião que mais cresce no mundo atual. Por outro lado, infelizmente, é a religião que mais sofre com estereótipos e preconceitos construídos e veiculados sobretudo pela mídia ocidental, que, quando não desconhece a imensa diversidade étnica, cultural e histórica subjacente ao Islã, tenta relacioná-lo, de forma precipitada e leviana, a atos violentos e insanos. Este texto, em contrapartida, procura introduzir o leitor ao Islã de forma fidedigna e cuidadosa.

O Profeta Muhammad

O Islã pode ser considerado uma revelação divina que existe desde o começo dos tempos e que no século 7 EC adquiriu uma nova forma de apresentação através do profeta Muhammad. Nascido em Meca em 570 EC, ele foi criado entre os beduínos do deserto. Muito cedo Muhammad virou mercador, sob influência de Abu Talib, seu tio. Mais tarde, com 25 anos, casou-se com a rica viúva Khadijah. Em 610 EC, quando tinha 40 anos, sua vocação profética despertou, ao receber conforme a tradição, nos arredores de Meca, a visita do Arcanjo Gabriel, em um momento de retiro. Através desse contato Muhammad recitou os primeiros versos do Alcorão e assumiu assim sua missão profético-religiosa.

Todavia, na medida em que Muhammad e seus seguidores defendiam o monoteísmo, a crença em Allah como Deus absolutamente único, foram tratados de forma hostil pelos árabes da região, ainda ligados à antiga religiosidade animista e politeísta. Sem saída, Muhammad e seus seguidores fogem para Medina em 622 EC, em cujo ambiente encontrarão maior recepção. Esse evento, a Hégira (migração), é o marco inicial do calendário islâmico.

Mais tarde, com um número maior de seguidores, Muhammad voltaria a Meca, derrotando seus inimigos sem deixar de demonstrar misericórdia. Ele tornou-se não só um líder religioso, mas também um estadista. Não demorou muito para o Islã começar um movimento de expansão, engendrando uma verdadeira civilização por um vasto território que ia da Península Ibérica ao Extremo Oriente.

Alcorão

O Islã é uma religião monoteísta de raiz abraâmica, e dessa forma Muhammad é situado como parte de uma cadeia de profetas cuja mensagem é a mesma para toda a humanidade desde tempos remotos. Ele é, na realidade, considerado o último dos profetas autênticos, e o essencial dessa mensagem está contido no Alcorão.

O Alcorão contém 6219 versículos, organizados em 114 capítulos ou suras. Ele não é considerado unicamente um livro religioso, e sim a revelação da Palavra incriada de Allah, anunciada em língua árabe através do profeta Muhammad. Conforme a tradição, ela foi transmitida a ele pelo Arcanjo Gabriel de forma ininterrupta por 23 anos, até sua morte. Ele não foi escrito inicialmente, e sim memorizado, e sua versão escrita só foi consolidada após a morte de Muhammad.

Além do Alcorão enquanto livro sagrado, os muçulmanos reconhecem ainda a autoridade da Sunna, um leque de tradições sobre a vida, ditos e atos do profeta Muhammad, que serve como exemplo de vida e conduta para interpretação das normas corânicas. A Sunna é uma referência para o muçulmano em termos de como deve crer, rezar, agir perante familiares e amigos, conviver no casamento, como se alimentar etc. O Islã tem um forte aspecto social e ético, e está presente na vida diária do muçulmano em cada momento e detalhe, e talvez isso ajude a explicar seu crescimento dentro de um mundo cada vez mais secularizado e sem religiosidade.

Pilares da Fé e da Prática

O Islã tem seis elementos doutrinários básicos:

a) acreditar no Deus único;

b) acreditar nos anjos;

c) acreditar nos mensageiros de Deus, ou seja, nos profetas;

d) acreditar nos livros sagrados da tradição (além do Alcorão, Torá, Salmos e Evangelhos);

e) acreditar no dia do Juízo Final;

f) acreditar na predestinação.

Já as bases da prática islâmica são as seguintes:

a)  Shahada: testemunhar que “Não existe verdadeiro Deus além de Allah e Muhammad é o mensageiro de Allah”;

b) Salat: fazer cinco orações diárias, voltando-se na direção de Meca;

c) Zakat: aqueles que possuem bens acima de um valor afixado (85 gramas de ouro), devem fazer uma doação de 2,5% sobre o excedente desse valor, pagamento que em geral é mediado por instituições de caridade e assistência social;

d) Jejum: jejuar no mês do Ramadã;

e) Hajj: fazer a peregrinação a Meca, desde que a pessoa tenha condições para isso.

Xiitas e sunitas

Com a morte do profeta Muhammad, estabeleceu-se uma divergência na comunidade sobre quem deveria ser seu sucessor. Aqueles que seguiam a Sunna, daí o nome “sunitas”, consideraram que o sucessor deveria ser eleito entre os companheiros do profeta, enquanto aqueles que consideravam que só alguém ligado ao profeta por laços de sangue poderia ser o sucessor, tomando assim o partido (shiah) de Ali, primo e genro do profeta, foram chamados de “xiitas”.

Afora essa disputa histórica sobre o sucessor legítimo do Profeta, sunitas e xiitas têm divergências em termos teológicos e exegéticos que, contudo, não poderão ser aprofundadas aqui. Em termos numéricos, a maioria dos muçulmanos hoje é sunita, enquanto a minoria é xiita.

Filosofia

Conforme o Islã foi se desenvolvendo e se expandindo, ele entrou em contato com regiões herdeiras da cultura helênica clássica, assimilando-a em função do interesse de construir uma filosofia própria e original, distinta em determinados aspectos da visão filosófica de outras religiões do Livro como o judaísmo e o cristianismo.

O Islã foi em grande parte responsável pela redescoberta da obra aristotélica pelos filósofos cristãos da Europa medieval, acessada em geral primeiramente pelas traduções feitas a partir do mundo islâmico. Sem falar de possibilitar o acesso à obras científicas antigas relacionadas com a matemática, astronomia, química, medicina, geografia e outras ciências.

Este processo de conexão e cruzamento entre filosofia grega e a filosofia islâmica tem em Al-Kindi, Avicena, Al-Farabi e outros seu ponto ligação, fundamentais para os filósofos islâmicos ulterior. Essa filosofia possui tanto uma vertente mais racionalista, mais inspirada no aristotelismo, como a de Averroes, quanto uma vertente mais mística (sufi), mais inspirada no platonismo, como a de Ibn ‘Arabî e Sohravardî. A filosofia também foi parcialmente questionada por grandes nomes da teologia islâmica, como Al Ghazali.

Imagem: pinterest.com

Para saber mais

ATTIE FILHO, Miguel. Falsafa: a Filosofia entre os árabes: uma herança esquecida. São Paulo: Palas Athena, 2002.

BALTA, Paul. Islã: uma breve introdução. Porto Alegre: L&PM, 2010.

CATTANI, Roberto. Islam e islamismo. São Paulo: Claridade, 2008.

LIBERA, Alain de. A Filosofia Medieval. São Paulo: Loyola, 1998.

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