Skip to content
Menu
Al Hakim
  • Blog
    • A importância do Jejum no Ramadan
    • Lançamento do livro Dalayil al Khayrat
    • Encontro Nacional de Ordem Naqshbandi em São Paulo
    • Minha experiência com o Adab
    • Encontro Nacional da Ordem Naqshbandi no Rio de Janeiro
    • Al Hakim 6ª Edição
    • Al Hakim 5ª Edição
    • Curtas
      • Encontro Nacional da Ordem Naqshbandi no Rio de Janeiro
      • Primavera de Rumi e Encontro Nacional da Ordem Naqshbandi em Curitiba!
      • Encontro com o Mestre
      • Turnê de Sheikh Mehmet Nazim no Brasil
      • Cultura para a Paz
      • Madrassa Al-Wadud
      • Encontro Naqshbandi de Florianópolis
      • Primeira agenda sufi do Brasil.
      • Projeto Tamareira
      • Ibn Arabi sobre Fátima de Córdoba
      • Minha nova vida como muçulmano, Alhamdülillah!!!
      • Ramadan
      • Encontro da Ordem Naqshbandi em Florianópolis
      • Encontro Nacional da Ordem Naqshbandi
      • O mês sagrado de Rajab
      • Mulheres Naqshbandi se reúnem em rede mundial
      • “Venha, quem quer que você seja …” – Rumi
      • A Educação das crianças no Islã
      • No caminho do coração
    • Artigos
      • IBN ‘ARABĪ – sobre o medo e a esperança
      • O sufismo e o tornar-se ninguém – Assadullah
      • O Wazifa do Fajr
      • Abertura de coração – 3º artigo da série
      • Pedras preciosas
      • Islã, a submissão a Deus
      • Abertura de Coração II
      • O quê e como comer
      • Livros e textos sagrados no sufismo
      • O encontro de dois oceanos
      • A primavera de Rumi
      • Sama
  • Revista
    • Al Hakim – 7ª Edição
    • Al Hakim 6ª Edição
    • Al Hakim Quinta Edição
    • Al Hakim Quarta Edição
    • Al Hakim Terceira edição
    • Al Hakim Segunda Edição
    • Al Hakim Primeira Edição
  • Agenda
    • Encontro Nacional de Ordem Naqshbandi em São Paulo
    • Encontro Nacional da Ordem Naqshbandi no Rio de Janeiro
    • Diálogos, palestras, poesia e Sama na 4ª Primavera de Rumi em Curitiba
    • Primavera de Rumi e Encontro Nacional da Ordem Naqshbandi em Curitiba!
    • Turnê de Sheikh Mehmet Nazim no Brasil
    • Encontro Naqshbandi de Florianópolis
    • Encontro Nacional da Ordem Naqshbandi
    • Concerto de música Sufi
    • Encontro de Primavera da Ordem Naqshbandi de Curitiba
  • Leituras
    • Lançamento do livro Dalayil al Khayrat
    • Primeira agenda sufi do Brasil.
    • Dicas de Livros sobre o Islã
  • Poesia Sufi
    • Ashiq
    • Abdul Qadir
    • Caminhos perfumados
    • Chamado
    • Poema do Credo Islâmico
    • Poemas de Rumi
  • Sobre
    • Não existe sufismo sem Islã
Al Hakim

Viagem à Turquia e Espanha

Posted on 26 de março de 202526 de março de 2025

por Irmã Meryem – Naqshbandi de Balneário Gaivotas (SC)

Bismillahirrahmanirrahim.

Em outubro do ano passado meu esposo e eu realizamos o sonho de visitar Mawlana sheik Mehmet em Akbaba, Istambul – Turquia. Estivemos ali por dez dias aproximadamente, eu me hospedei na Guest House (somente para mulheres) e ele na Dergha (somente para homens). Foi uma experiência única e engrandecedora viver alguns dias entre mulçumanos, estar entre pessoas da mesma tariqa, rezar juntos, conversar e trocar experiências, além de ter a oportunidade de conhecer e conversar um pouco com o nosso tão querido Mawlana!

Uma marca registrada da Turquia, que pudemos confirmar pessoalmente e que também se faz presente em Akbaba é a quantidade de gatos espalhados por toda parte… O nosso amado profeta (que a paz esteja com ele) tinha uma gatinha, o que faz com que a maior parte dos mulçumanos desenvolvam um carinho especial por este animal.

Ali conhecemos pessoas que foram muito importantes em nosso caminho espiritual, inclusive, costuma-se dizer que quando visitamos Mawlana aparecem muitos testes e que encontramos as pessoas que tínhamos que encontrar e passamos pelas situações que tínhamos que passar…

Aprendemos muitas lições com as pessoas ali e uma delas foi “não perguntar muito o que não nos diz respeito, mas sim usar o nosso tempo para adorar a Allah swt e observar o nosso mestre”. Agradecemos à irmã Rahila por esse ensinamento tão valioso, que fez com que a nossa experiência ganhasse profundidade. Que Allah swt a abençoe muito!

Alí vão pessoas de todo o tipo, algumas com os mais variados problemas e angústias. No dia em que chegamos conhecemos uma irmã que nos ajudou muito, pois ela falava inglês e turco, facilitando a nossa comunicação num primeiro momento. Perguntei o motivo de ela estar alí e ela me disse que o seu filho havia sofrido um grave acidente de carro há alguns anos e os médicos disseram que ele não iria mais andar. Depois dessa notícia ela e o filho visitaram Mawlana Sheik Mehmet pedindo ajuda na cura do rapaz. Após algum tempo o filho voltou a andar, a trabalhar, a fazer as suas atividades diárias como antes e tinha acabado de se casar, por isso, ela, o filho e nora estavam ali para agradecê-lo pelo milagre. Allamdulillah! Que Allah swt abençoe nosso mestre, a irmã Afra e sua família!

Meu esposo Isaak conheceu um irmão de Miamar, que era médico e trabalhava em um campo de refugiados atendendo mulçumanos que eram perseguidos por budistas. Ele também o contou que foi à Palestina várias vezes a trabalho e quando Isaak lhe perguntou se ele não tinha medo de ser atingido por uma bomba enquanto trabalhava, ele o olhou com muita serenidade e respondeu que não tinha medo, porque cada pessoa tem seu tempo aqui na Terra e que o dia da nossa morte não está nas nossas mãos, mas nas mãos de Allah swt. Mashallah! Contando sobre a vida dos mulçumanos em Miamar, ele disse a meu esposo que as pessoas ali sonham com um pedaço de pão e que a ordem Naqshbandi ajuda essas pessoas através de doação. Além disso, ele nos encheu de presentes: perfume para Isaak, hijab para mim e algumas especiarias…

Um momento que ficou gravado em minha memória foi quando depois da oração Isha`a meu esposo e eu nos encontramos com ele na rua e paramos para conversar um pouco, quando ele nos disse assim:

“O Islam é fácil, é a religião mais fácil que existe, olha como o Islam é fácil: você só tem que dar o testemunho de que Mohammed (a paz esteja com ele) é o mensageiro de Allah juntamente com os outros profetas, fazer as orações cinco vezes ao dia, fazer a Hajj se te for possível, senão não é obrigatório, jejuar em apenas um dos doze meses do no ano, que é o Ramadan e doar 1/40 do seu lucro para os pobres!”

Me lembro ele desenhando num pedaço de papel o quanto 1/40 do lucro de uma pessoa representa pouquíssimo frente ao montante total. Então ele nos olhava com alegria e repetia: É muito fácil, é a religião da facilidade!”… Allamdulillah! Que Allah swt abençoe nosso irmão Mohammed aonde quer que ele esteja.

As pessoas com maqam elevado emanam uma energia diferente e o simples fato de estar na presença de Mawlana já é luz , pois ele é, por sí só, um canal aberto de baraka…

Da Turquia fomos à Espanha e participamos de um curso de musicoterapia sufi e sama, esta também foi uma experiência única e transformadora… No trajeto, quando estávamos parados no ponto de trem, havia ao meu lado uma menina jovem, devia ter em torno de 18 anos, logo vi que era mulçumana, pois usava hijab. Então, perguntei a ela algo sobre o próximo trem e ela me respondeu com muita gentileza. Começamos a conversar e ela me disse que era espanhola, mas que sua família era de Marrocos; na primeira oportunidade eu lhe disse que também era mulçumana, embora não estivesse usando o hijab ali. Ela, vendo que eu “meio que me justifiquei” quanto ao uso do hijab, me olhou com doçura e disse:

“Eu não sou melhor que você porque eu uso o lenço, você deve usá-lo quando se sentir preparada para isso.”

Mashallah! Que Allah swt abençoe grandemente a Salima, essa irmã querida que me deu informações sobre o trem e me agraciou com essa fala tão acolhedora, que tocou fundo em meu coração!

Outra coisa que aconteceu durante a nossa viagem e que nos tocou muito é que o coordenador do curso de sama nos disse que quando fôssemos à Alhambra, em Granada, que não deixássemos de visitar um museu que havia ali e que muitas pessoas passavam despercebido, pois neste museu há vários objetos preciosíssimos para o Islam. Desta forma, seguindo o conselho deste irmão, visitamos o museu e foi assim que me deparei com o livro de saudações ao profeta (a paz esteja com ele): “Dalail al-Khayrat” , um manuscrito original do Al Jazuli, livro cuja tradução para o português eu havia ajudado a revisar poucos meses antes de viajar. Que precioso! Allamdulillah! São as “coincidências” que acontecem depois que começamos a trilhar o caminho da verdade. Que Allah bendiga nosso irmão Hayri e sua família por nos ter agraciado com a informação sobre o museu.

Outro encontro que cabe mencionar foi com o irmão e representante da Ordem Naqshbandi de Barcelona, Abdul Wadud; seu adab e desprendimento deram conforto às nossas almas. Nos encontramos para um café e Isaak e eu aproveitamos para fazer algumas perguntas. Ele nos disse várias coisas relevantes, entre elas, que nós devemos nos esforçar para encontrarmos com nossos irmãos; que pelo menos de quarenta em quarenta dias devemos tentar nos reunir com eles, pois essa união e práticas em grupo são extremamente importantes para a evolução dos mulçumanos em seu caminho espiritual.
Eu tinha em meu coração uma pergunta que me acompanhava desde que me converti ao Islam, que era se seria apropriado mudar para um país mulçumano para viver em meio à comunidade mulçumana. Ele me respondeu que para esse tipo de mudança haveria que se considerar três coisas: primeiro, os nossos pais, pois não deveríamos abandoná-los na sua velhice, caso eles precisem de nossos cuidados; segundo, a viabilidade de se obter uma fonte de renda em outro país e terceiro, que há que se ter em mente em qual tipo de comunidade estaríamos inseridos neste caso, pois a pessoa pode morar em um país mulçumano e viver em uma comunidade onde as pessoas são intolerantes e preconceituosas, por exemplo, e pode viver no Brasil, mas inserida em uma comunidade em que as pessoas têm valores e princípios nobres e compatíveis com os nossos, ainda que não sejam mulçumanos. Mashallah! Quanta sabedoria e orientação, que Allah bendiga nosso querido irmão Abdul Wadud!

Por fim, conhecemos um outro irmão em Granada, ele é representante de uma editora e nos vendeu alguns livros. Conversamos por um longo período e ele nos contou vários contos sufis, dentre eles, um me chamou a atenção, mas como já tem alguns meses que o escutei, não me lembro do conto com detalhes, entretanto, vou tentar reproduzir aqui a ideia geral:

“Havía um homem que não tinha religião e que queria muito entender o que era o ego. Ele então conheceu um sufi que vivia por ali e que o convidou a conhecer a sua comunidade. Então, o homem começou a visitar a comunidade sufi toda semana para saber como eles viviam e cada vez que ia se encantava ainda mais! Na primeira semana ficou admirado com o adab das pessoas e com a organização da comunidade. Na semana seguinte ficou impressionado como tudo funcionava em harmonia e como havia cooperação entre as pessoas. Na outra semana voltou lá e viu como as pessoas tinham iman e gastavam seu tempo adorando a Allah, fazendo dihkr regularmente e as orações diárias, na semana seguinte pode perceber como homens e mulheres tinham papéis importantes e como as mulheres eram valorizadas! A cada vez que visitava a comunidade via como, no geral, as pessoas ali eram felizes e abençoadas. Assim se passou mais de um ano e então um dia ele virou para seu amigo que o convidou a conhecer a comunidade e o perguntou:

“-Há muito tempo que eu trago comigo uma pergunta, gostaria de compreender o que é o ego, você saberia me dizer? Então o sufi lhe respondeu: -Você nos visita todas as semanas há mais de um ano, nos elogia e aprecia nosso modo de viver, admira cada detalhe, nos diz que aqui é o melhor lugar que você já conheceu e desfruta passando o seu tempo conosco, você sempre volta, mas até hoje você não se converteu; isso é o ego”.

Subhanallah! Que Allah cubra nosso irmão Suleiman de bençãos! Ele nos presenteou com um bonito livro, da sua boca saíram palavras doces e maravilhosos contos sufis!

Termino esse artigo em que relato algumas das nossas experiências, deixando para os irmãos e irmãs uma mensagem que vem como inspiração em meu coração:

“A nossa viagem foi uma experiência única e transformadora, mas afirmo com convicção que não é necessário viajar para o exterior para experimentar algo único e transformador em nossas vidas quando estamos buscando Allah swt. Viajar é muito bom, mas o foco do mulçumano que escolheu o caminho sufi é domar o ego, purificar o coração e tentar ser um mulçumanos cada vez melhor a cada dia e isso é um trabalho totalmente interior! Allamdulillah!

Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de fazer uma viagem para tão longe e para todos os nossos irmãos e irmãs, desejo que vocês possam saborear os sinais de Allah swt encontrados em Sua criação e desfrutar da intimidade espiritual com Ele. Busquem-no em seus corações, pois como disse Rumi em seu livro Fihi-ma-fihi:

“Tu es o espelho da beleza real, Fora de Ti nada que há no mundo existe: o que desejas, busca-o em Ti mesmo, pois Tu És tudo!”

Assalamualaikun wa rahmatullahi wabarakatuh.

Compartilhe isso:

  • Facebook
  • 18+

Curtir isso:

Curtir Carregando...

Galeria

Recent Posts

  • Itikaf anual na dergah Shaikh Muhammad Nazim al Haqqani
  • Viagem à Turquia e Espanha
  • A importância do Jejum no Ramadan
  • Lançamento do livro Dalayil al Khayrat
  • Encontro Nacional de Ordem Naqshbandi em São Paulo

Archives

  • abril 2025
  • março 2025
  • fevereiro 2025
  • janeiro 2025
  • dezembro 2024
  • novembro 2024
  • outubro 2024
  • setembro 2024
  • agosto 2024
  • maio 2024
  • fevereiro 2024
  • janeiro 2024
  • dezembro 2023
  • novembro 2023
  • outubro 2023
  • agosto 2023
  • julho 2023
  • junho 2023
  • maio 2023
  • abril 2023
  • março 2023
  • fevereiro 2023
  • janeiro 2023
  • dezembro 2022
  • outubro 2022
  • setembro 2022

Categories

  • Agenda
  • Artigos
  • Blog
  • Curtas
  • Edições
  • Leituras
  • Poesia Sufi
  • Uncategorized
©2025 Al Hakim | Powered by SuperbThemes
%d