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Al Hakim

O sufismo e o tornar-se ninguém – Assadullah

Posted on 25 de novembro de 202325 de novembro de 2023

Sempre fui um buscador espiritual, e, como muitas pessoas, desejei conhecer e saber sobre as mais diversas tradições espirituais e filosofias. No caso do sufismo, desde a adolescência lia materiais relacionados a ele, como poemas de Rumî, mas sem perceber de forma tão clara seu vínculo íntimo e inextricável com o Islã. Quando pude perceber e compreender um pouco melhor esse vínculo, contudo, houve uma resistência inicial, pois via o Islã como uma religião distante, por assim dizer exótica, de outro lugar e cultura. Aquilo até poderia ser belo e admirável, mas não era para mim. Foi necessário um contato paulatino para superar os preconceitos e barreiras imaginárias.

Em um evento em São Paulo, pude uma vez assistir uma apresentação de música sufi com dervixes vindos da Turquia. Aquilo foi tocante, uma música tão diferente daquela que conhecia, e o que me deixou mais encantado, como aquelas pessoas pareciam se entregar totalmente ao êxtase divino, rodopiando sem cessar, sem um controle aparente, e ainda assim cada movimento saia extremamente harmonioso e cuidadoso. 

Depois de um tempo, fui assistir alguns eventos promovidos pela Ordem Sufi Naqshbandi-Haqqani em São Paulo. Fiquei impressionado com a exposição de um sheikh dessa ordem naquela ocasião. Em um determinado momento, alguém presente no público fez uma pergunta a respeito dos centros do corpo sutil, e o sheikh respondeu que esse assunto não era tão importante quanto parecia, que as pessoas ligadas ao ocultismo queriam parecer profundas e superiores ao investigar tal tema, mas que no sufismo o caminho era justamente abandonar a ideia de ser alguém especial. Disse ele, as pessoas buscavam em nossa sociedade moderna sempre serem as melhores, obcecadas pela busca do primeiro lugar no pódio, mas que no sufismo, ao contrário, devíamos aprender a nos tornarmos NINGUÉM.  Novamente fiquei tocado e decidi que iria frequentar mais eventos e reuniões desse grupo sufi, até para saber se as pessoas ali realmente buscavam essa tal aniquilação do ego, e como isso seria possível.

Em um outro evento, de música, agora com um outro sheikh, este tocava um instrumento típico do Oriente cuja musicalidade era diferente. Mas o mais interessante foi conhecer depois esse sheikh, ele era como sua música, alegre, parecia que emanava sons e ondas de amor, tudo que tocava era aurificado por esta benção amorosa. Em sua presença não havia tristeza, nem agressividade, apenas um êxtase divino.

Contudo, possivelmente o evento mais marcante foi estar na presença de um sheikh por assim dizer mais graduado dentro da ordem. Apesar da sensação de respeito que ele provocava nas pessoas por sua elevada posição espiritual, sua postura era natural, simples, sem nenhum tipo de afetação ou soberba. Na presença dele, a minha sensação foi a de atirar uma flecha no vazio que, no final, voltava para mim mesmo. Não sei se poderia chamar isso de humildade, mas é como se não existisse mais um ego ali dentro, era algo grandioso, mas, ao mesmo tempo, tão doce e amável. Era força e compaixão ao mesmo tempo. 

Pode ser que ele conseguiu se tornar NINGUÉM, um ninguém que não é simplesmente negativo, mas um campo de possibilidades, um espaço onde brota o amor e equilíbrio, onde o próprio Deus manifesta sua presença entre nós. Naquele dia tive certeza, apesar de estar muito longe disto, que realmente era possível tornar-se NINGUÉM. Ele queimou tudo, tudo, e o que sobrou depois? Possivelmente estas palavras de Rumî ajudam a entender:

“Poderia o coração alegrar-se de Amor a menos que queime?
Já que meu coração é a morada do Amor
Se há de queimar tua casa, faça-o, Amor.
Quem dirá que está proibido?
Queima esta casa por completo!
A casa do amante melhora com o fogo.
Doravante o meu objetivo será queimar-me
Doravante o meu objetivo será queimar-me.
Já que sou como a vela
O fogo aumenta o brilho.
Não durma esta noite: uma única vez, atravessa a terra dos insones
Olha estes amantes agora perturbados
E que, como mariposas, hão morrido na união com o Amado.
Observa este barco das criaturas de Deus
E como naufraga no Amor."

("Masnavi", 6, 617-623)
 

Leia o conteúdo da Revista em PDF aqui: AL HAKIM QUINTA EDIÇÃO

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