Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
Sheikh Nazim (40° Mestre da Ordem Naqshbandi, falecido em 2014) dizia que convivemos com diferentes tipos de seres sutis e invisíveis, que a grande maioria de nós não pode ver, e que estes seres são os responsáveis pela maioria das nossas lendas e folclores, pelos chamados duendes e fadas da Europa.
“Djins” também significa “os ocultos”, “os escondidos” ou “os sutis”. O Alcorão Sagrado nos diz que estes foram feitos por Allah do “fogo sem fumaça” ou de um tipo de energia sutil.
De fato, estes vivem numa espécie de “dimensão paralela” aqui da Terra, são capazes de mudar de forma e às vezes até se materializam ou se tornam visíveis, sendo responsáveis pela grande maioria das aparições de seres bizarros e lendários, tais como: lobisomens, homem-mariposa, chupa-cabras, pés grandes, duendes, sacis, curupiras, caiporas, gênios e elementais diversos, e atualmente até por muitas das aparições confundidas com OVNIS ou UAPs (luzes ou orbes que entram e saem de grutas, do chão, de paredes, de montanhas, etc).
Muitos destes seres preferem habitar em lugares ermos e afastados da civilização, tais como : cavernas, florestas e desertos. Já outros são responsáveis pela maioria dos fenômenos de casas mal assombradas, poltergeists e fenômenos mediúnicos.
No passado, ao longo da história e mesmo atualmente, muitos povos e civilizações caíram no politeísmo, na idolatria e no paganismo ao adorar estes seres, aos djins como “deuses” no lugar de Allah, do Deus Único.
Temos como exemplo algumas entidades invocadas por algumas religiões.
Porém, nem todos estes seres e entidades são maus ou malignos como os djins que seguem ao Shaytan. Como estes têm livre arbítrio, muitos se converteram às religiões e se tornaram muçulmanos, budistas, hinduístas ou cristãos.
Alguns destes seres vivem milhares de anos e viram os próprios mensageiros e fundadores das religiões pregando, fazendo “milagres” e dando exemplo de vida.
Enfim, a melhor proteção contra os djins malignos é buscar a Deus, é a prática sincera do Dinn, da fé islâmica, a vida virtuosa e pura, a santidade, e o afastamento de práticas de magia, feitiçaria e similares.
Por Imam Abdul Wahid (Thomas Martins de Mattos).
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